borboleta avoada: utilidade pública

meu coração está sentado na praça
jogando chumbinho para os pombos

25 de julho-Dia Internacional da Mulher Negra Latina e Caribenha

Pois é, estarei lá falando sobre a representação da mulher negra na arte e na mídia por um único motivo: ainda é preciso discutir a questão racial no nosso país, e quando falamos de mulheres negras, vemos que ainda é preciso discutirmos milhares de coisas além da questão racial, passando pelo social, econômico, cultural e, principalmente, sexual. Ser mulher negra no Brasil é pertencer à parcela da sociedade mais discriminada e emparedada da população, pois somos oprimidas por homens brancos, homens negros e mulheres brancas. Não sobra quase nada para uma mulher negra, conhecida como mulata e identificada como tal, a mulata, que significa "cor de mula", não vê outra alternativa no cotidiano a não ser lutar, lutar e lutar, e quando o verbo muda, se transforma em brigar ou repensar, ou se colocar, ou questionar, reclamar, é sempre uma ação relacionada à atitude de se defender na vida, e quando sobra tempo para essa mulher, ela tenta respirar, amar e ser amada, simplemente viver

Opinião do povo que manda e-mail pra mim

11/06/08
Minha amiga quanta coisa linda, forte e dolorida tem em seu blog,....ate copiei uma para momentos de despedida de algos que nao da mais......vc é realmente incrivel, eu te admiro muito, com corpinho de borboleta vc é uma leoa gravida de ideias e açoes!!!!!!
Fernanda Maia

Mas.... voltando a terra, vi o seu blog; simples, objetivo, duma poesia pra lá de feminina....como você é claro..... e le -se fácil, parabéns..... tá lindo.
Willian Santiago

9/06/08
Oi Debora,eu entrei, li, gostei... e tentei deixar um comentário, mas nao rolou. As letras de verificaçao nao estavam aparecendo e o comentario foi censurado (risos) e ele era tao bonitinho:VIVA A PAIXAO DE ESTAR E SE SENTIR VIVA!!!BjRosangela

diário da moça do segundo andar

Pág 47
Meu príncipe virou pó de arroz, desses bem vagabundos, comprados em lojas de R$1,99. Tão barato, tão vagabundo, tão de mentira. Ele deixou cair a máscara no momento oportuno, quando eu ainda sonhava com ele e quando pensava que ele me valia. Ridícula, bobagem, boba. Mulher sonhadora em pleno século XXI, em plena idade dos trinta. Babaca, boboca.
E eu que lhe decorava poemas de amor,músicas romanticas, até aprendi a cozinhar, só para fazer uns agrados.
Agora entendo o porque das evasivas, agora entendo. O cheiro da desconfiança me invadia e nem assim eu quis acreditar, agora entendo.
Deixa pra lá, a fila anda. Fechei a porta pra você, mas vou continuar decorando poemas de amor, e cozinhando, outra pessoa vai desfrutar da minha poesia na mesa, quem sabe eu, outra pessoa. Não sei.
A fila anda.
Agora, ele que não passe por mim na rua, não me telefone,não mande e-mail, não mande sinal . Vou deixar marcado na cara os cinco dedos da minha mão, na bunda o diâmetro do meu salto e na calçada umas poças vermelhas saídas de alguma veia dele.

diário de moça do segundo andar

pág.27
Hoje eu não quero fazer nada, mesmo sozinha, debaixo do frio glacial dessa cidade, em pleno final de semana, eu não quero fazer nada. Que bom! Acho que foi a noite nutritiva de ontem. Sim, a noite nutritiva, não, eu não comi feito uma vaca, mas conversei e ri pra caramba com os meus amigos. Amigos: aquelas pessoas que são a extensão da sua família, dos seus desejos e de você mesmo. Aquelas pessoas que você também não escolhe, mas que encontra pela vida e que te completam, cada um à sua maneira, sem cobranças e sem nenhuma explicação definida. Simplesmente, amigos. Ficar com um bom amigo durante uma noite de sábado é melhor do que qualquer balada, do que qualquer festa, ficar com um amigo é bom pra caralho, e as vezes é melhor que um caralho.

diário da moça do segundo andar

Pág 16
Uma gata no cio mia a noite inteira e um ursinho de pelúcia velho com florzinhas azuis implorando para ir para o lixo ou por uma comunidade no orkut vela os meus sonhos. Boa noite. Noite boa? Não sei, ele não ligou e quando eu liguei já estava dormindo. Ah, os homens, são como ostras com macarrão, ninguém entende tal combinação. E eu durmo na cadeira do teatro durante a peça infantil, acordo na hora da história certa: Cinderela e, ao ver o príncipe correndo atrás da dona daquele sapato entendo que devemos respeitar a hora de ir embora, e a hora de ir embora é sempre antes do dia seguinte para que eles não descubram a Gata Borralheira por trás da princesa. Não pega bem chegar de táxi e ir embora de abóbora. Não há imagem de rainha que suporte o vagão lotado do metrô. Enquanto isso, eu sou a Amélie Poulin, enterro meus pés na areia molhada da praia de Copacabana, faço desenhos em caderninhos de telefone e levo os anões de jardim para passear. Mais um, menos um, não sei fazer direito essa conta. São tantos os que se vão embora que o ir e vir parecem compassos de uma mesma dança.

borboleta avoada

terça-feira, 5 de agosto de 2008

utilidade pública

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Tà na hora de ler alguma coisa boa,muito boa.

25 de julho-Dia Internacional da Mulher Negra Latina e Caribenha

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