sexta-feira, 22 de agosto de 2008

Frida Kahlo


À Alejandro Gómez Arias
Não sei mais o que fazer, já que estou assim há mais de um ano e estou farta. Tenho uma porção de queixas, como uma velha. Você terá de me enrolar em um pano de algodão e me carregar para lá e para cá o dia inteiro. Preciso que você me diga alguma coisa nova, porque realmente nasci para ser um jarro de flores e nunca sair da sala... Acabo de receber sua carta que foi o único momento feliz todo esse tempo. Como eu gostaria de poder explicar-lhe, minutos a minutos, meu sofrimento! Sinto-me sufocada, meus pulmões e minhas costas inteira doem terrívelmente. Fico completamente desesperada e, acima de tudo, você não esta aqui. Preciso muito de você, Alex! Não imagina o que significa para mim cada dia, cada minuto sem você...
Você já sabe tudo o que eu poderia lhe dizer. Fomos muito felizes todo os invernos, mas nunca como neste. A vida esta a nossa frente, é impossível explicar-lhe o que isso significa. É provável que eu ainda esteja doente, mas não sei... o mar, um simbolo em meu retrato, sintetiza minha vida. Você não me esqueceu? Seria quase injusto não acha?
Sua Frieda

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