domingo, 1 de fevereiro de 2009

LUXO

Tive meu domingo de luxo! Em um spa caríssimo, que poucos, pouquíssimas pessoas e cada vez menos pessoas têm o poder de pagar, com pessoas selecionadíssimas, da mais alta categoria com a melhor comida do mundo.
Quando:hoje, domingo, 1ºde fevereiro de 2009.
Onde: Jardim Botânico, Rio de Janeiro
Quanto?Ah, isso eu já vou falar, pois me orgulho de poder espalhar para quem quiser ouvir:DE GRAÇA!!!!
Levante a mão quem ainda consegue fazer do seu domingo a melhor coisa do mundo e de graça. Ou seria estado de graça.
O local não podria ser melhor: a cachoeira do Horto. Dentro da parte zona sul do Parque Nacional da Tijuca.
O negócio foi o seguinte:
saí lá pelo meio dia ou uma da tarde junto com a minha amiiiiga de fé, irmã camarada, Lee. Andamos de bicicleta da praia até a entrada da floresta. Foi lindo: Ipanema, Jd de Alah, Lagoa, Jd Botânico, Horto. Subimos, e subimos, e subimos. Trilha, pessoas felizes, camaradas, como são as pessoas que fazem trilha e um tempo depois:CACHOEIRA!!!! Mosquito(adoro esse pessoal da floresta), verde, som de água, o cheiro quente do sol nas folhas e aquela água forte em cima da gente, inspirando, abençoando. Que luxo!
Um espaço pequeno dividido harmoniosamente entre as pessoas que só estavam ali em busca de um pouco mais de natureza e paz. As Floresta são os lugares que eu mais amo no Rio.
Na volta, e esse é o outro lado espetacular e mais cheio de luxo, paramos em um barzinho, boteco mesmo, lá na descida do Horto. Churrasco, samba e um aniversário. As duas esfomeadas logo conseguiram um pratinho de linguiça e carne e um aperto de mão do aniversariante.Êeeeh! Gente que conversa com gente, que não se importa se a bolsa é Louis Vuitton, aqui, o que não pode ser pirata é a felicidade e a hospitalidade. Gente bonita por causa da felicidade. Um lugar onde eu passaria tranquila o meu domingo até o final do "Fantástico".
Confesso que saí de lá emocionada com a situação tão difícil de se ver do lado de cá do Rebouças. Me deu saudades do Subúrbio, e das ladeiras, dos cachorros latindo na rua, das crianças correndo pra lá e pra cá, do jogo de taco, do samba tocando o dia inteiro e daquele bando de mulher falando alto, dos homens com copo de cerveja na mão.
Comemos também um, ai,um pastel de carne que salvou nosso dia, vendido por um senhor que mora até hoje na casa onde nasceu, há 68 anos atrás. Ele nos contou um pouco da história do bairro.
Cheguei em casa alimentada de tanta coisa bonita. Me deu vontade de chorara de alegria.
Realmente eu quero morar no Horto, mas pra isso acho que vou ter que casar com alguém de lá porque ninguém quer sair.
À noite fomos pro samba em Santa Tereza, outro lugar, outra coisa, outra poesia, um lugar que também poderia consumir horas das minhas palavras, mas hoje eu sou do subúrbio, ou melhor, do Horto.
Foi o melhor domingo das férias.
Feliz ano novo pra mim que começo a trabalhar amanhã.
De grandes luxos como esses é feita a vida.
As melhores coisas da vida vêm de graça!