quinta-feira, 30 de outubro de 2008

Meu tempo

Algumas expressões me irritam muito, uma delas é "meu tempo". A maioria das pessoas vai ao terapeuta para aprender a pensar mais em si, mas há outras que deveriam ir para pensar mais nos outros. Que saco. É meu tempo pra cá, meu tempo pra lá. É incrível o tamanho do umbigo de certas pessoas! Pensam somente em si, não fazem nada para ajudar os outros e quando têm um problema o mundo tem que parar para esperá-los. Não digo que não podemos ajudar os outros, mas para algumas pessoas, ser ajudado, estar com a cabeça cheia, é um vício. Do primeiro ao último lugar da fila só cabem elas. "Não fiz isso porque estou som problemas", "eu vou fazer no meu tempo", "eu, eu, eu"! O mundo tem que respirar por elas.
Ai,é chato ter que conviver com gente assim.
E geralmente, essas pessoas são aquelas que mais cagam regras. Têm resposta pra tudo e gostam de espalhar aos sete cantos o quanto são boas com os outros. Acho que é pra ver se elas mesmas acreditam nisso.
Estou cansada desse tipo, que só posa, só vampiriza. Tira as nossas energias e fica em cima do muro espiando qual vai ser o próximo pescoço a receber a mordida.
Vou andar com alho pendurado no pescoço e pedir a São Jorge que me proteja dessas coisas, pois há muitos exemplares desse tipo no mundo.
E o mais doido de tudo é que elas cobram dos outros aquilo que elas não são.
Tem gente perdida mesmo.
Bússolas pra esse povo!

segunda-feira, 13 de outubro de 2008

Silêncio






Estamos de volta, mais felizes do que nunca, mais barulhentos e com muita vontade de dizer as coisas. O primeiro ponto será Brasília, 18 e 19 de outubro, depois Recife, em 24 e 25(não iremos votar), e em novembro, Salvador.

Fazer teatro é bom pra caramba!

Hoje você ganha e amanhã não, hoje você leva cenário no lombo e amanhã tem quatro camareiras te vestindo, ai. Produção com patrocínio e produção com livro de ouro. Isso não é legal, mas, infelizmente, ainda é a vida do artista.

Ninguém entende essa doença de querer subir no alto e falar coisas para as pessoas, fingir que sente, cantar, dançar, parar para mostrar a lua. Ninguém entende, mas a gente necessita.

Um babaca disse um dia desses que arte não serve pra nada. É, pra quem não tem o que dizer não serve mesmo, mas pra quem precisa da vida, quem entende que o ar é mais do que partículas de oxigênio e hidrogênio, a arte é fundamental.

O mundo é o lugar onde nos encontramos para transformar, um grande laboratório de experiências . A arte cura a alma e faz ferver o chão.

AHHHHHHHHHHHHHH!

A Comuns tá aí!
Fotos de André Pinnola

sábado, 11 de outubro de 2008

um palmo, tesoura e tranças

Mudei para agradar a minha arte. Tirei um palmo do que é muito precioso pra mim: meu cabelo.
Em um tempo em que se brinca com o corpo para agradar aos olhos dos outros, mililitros de silicone, malhação excessiva e botox, eu mexi na minha aparência para agradar a minha arte e poder subir no palco dizendo as coisas que acredito. Sinto falta do meu cabelão, amo e estranho a figura que vejo. Deixei minhas luzes loiras e voltei ao tom castanho escuro. Tudo pela mulher com cabeça de búfalo, tudo por "Silêncio", tudo pelo teatro, e se é pelo teatro, é também por mim.